Dance of Thieves - Mary E. Perarson
- Mayara Kelly
- 23 de jul. de 2024
- 5 min de leitura
Atualizado: 28 de jul. de 2024
Dance of Thieves - Dinastia de Ladrões 1
Avaliação: 5; favoritado
Classificação: Jovem adulto +14
Gênero: Ficção / Literatura Estrangeira / Romance / Fantasia
Ano: 2018 / Páginas: 512
Editora: DarkSide Books
RESENHA
O patriarca do império Ballenger morreu e no seu leito de morte escolheu Jase como sucessor. Como novo líder, Jase enfrentara divergência de políticas com uma jovem rainha que ganhou muita influencia nos últimos anos, a rainha de Venda, além de tratar de demandas do próprio reino que é citado no livro como Torre da Vigilia de Tor, Boca do Inferno e a Arena. Mas seu primeiro ato como Patrei foi ir ao bar beber com seus irmãos, em um leve estado de embriagues ele decide confrontar um trio de Rahtans (a guarda da rainha) que estavam fazendo perguntas aos cidadãos da Boca do Inferno, é neste momento que ele é surpreendido sendo posto contra a parede e com uma faca na garganta.
A Rahtan que segura o punhal é a Kazimyrah, uma ladra que cresceu nas ruas de Venda e sobreviveu por sua inteligência e agilidade, agora faz parte dos Rahtans e é enviada para investigar transgressões e violações de tratados vigentes junto a Synové e Wren, outras duas soldadas da guarda real. Mas devido a alguns eventos inesperados, Kazi acabara acorrentada a Jase, culminando na interrupção da sua missão.
É nesse ponto que a narrativa vai ficando cada vez mais interessante e você não consegue larga o livro. A dinâmica entre Jase e Kazi é incrível pois eles não amigos, mas também não são exatamente inimigos. São como rivais que estão procurando uma forma de sobreviver enquanto suas vidas depende um do outro, e ao mesmo tempo estão aprendendo, sondando e maquinando suas respetivas formas de sair dessa situação com a maior vantagem.
Verdades e mentiras são lançadas o tempo todo e nos 17 primeiros capítulos os dois vão criar um vinculo afetivo muito forte. Jase não é o mocinho estereotipado, ele as vezes é bem tolo, comete erros, tem medo de tomar a decisão errada, de falhar, ele se preocupa com sua família e seu povo, ele sente raiva e tristeza. Ele ama sua família e cresceu aprendendo a historia de seus antepassados e se orgulha de ser o Patrei. Kazi é cuidadosa, observadora e adora contar charadas kkkk, ela é forte e corajosa, sabe lutar e tem seus truques, mas quando se trata de falar sobre seu passado ele recua, ela sente medo, vergonha e raiva. Ela busca por vingança porque talvez isso lhe dê paz, mas sua jornada é longa.
Surpreendentemente, Kazi consegue cumprir a primeira etapa de sua missão sem muito esforço, ou não...Dentro da torre da Vigilia de Tor, ela ira continuar sua busca. Logo sua equipe se juntará a ela, e conheceremos melhor cada uma de suas histórias. Assim como Kazi, Synové e Wren tem um passado traumático provocado pelas barbaridades da guerra e da extrema pobreza. Como personagens secundarias elas são tão bem desenvolvidas quanto os nossos protagonistas, conseguimos ver varias camadas tornando elas muito queridas e cativantes, apesar de isso ocorrer lá pra metade do livro gostei como a autora se preocupou em dar vida a elas e não torna-las apenas uma peça para Kazi conseguir concluir a missão. Elas tem relevância na narrativa, chegaram até a se envolver com os irmãos de Jase, mas ainda não da pra saber se algo vai vingar dessa aproximação.
A família Ballenger foi outro ponto alto desse livro, pois eles são muito unidos e presente na administração do reino, embora Jase dê o veredito final todos tem a oportunidade de discutir sua visão das ocorrências, assim como, na ausência de Jase eles lideram com maestria. A família Ballenger é grande e muito solidários, Kazi ira se afeiçoa a eles de uma forma que chega a doer, pois ela sabe e nós sabermos, quando chegar a hora, quando ela cumprir sua missão ela os deixará.
A missão deles foi planejada e executada, mas não ocorreu como previsto e os Rahtans foram pegos de surpresa, embora a escritora tenha tentado nos causar um grade impacto nós leitores já sabíamos que algo do tipo iria acontecer já que estamos tendo a perspectiva por dois lados e muitas pistas vão sendo deixadas para irmos assimilando. Adorei ter conhecido a rainha de Venda que foi mencionada o livro inteiro não sabíamos bem quem era, achei super legal ela se pronunciar no final me surpreendi com a gentileza dela.
O final é uma mistura de acontecimentos e mais revelações. Se comprado ao todo, os últimos 10 capítulos foram bem corrido, a sensação que tive é que esse volume fazia parte de um livro maior e foi cortado ao meio. Não sei se foi proposital ou se essa não era a intenção. Se foi planejado assim essa é uma das minha poucas criticas negativa dessa resenha. Todo livro tem um antagonista, mesmo que não seja necessariamente um personagem, acredito que nesse primeiro volume ocorreu de o antagonista ser a própria missão da Kazi, pois você fica procurando algo ou alguém a qual temer, você duvida de vários, mas o vilão não aparece, o que me leva a crer que o maior desafio da Kazi era concluir a missão, encontrar um meio de se libertar dos traumas e da sede de vingança, e ainda se permitir amar e ser amada. No fim das contas esse é um livro com foco no romance.
Acredito que o verdadeiro vilão da história nos será apresentado na sequência. Principalmente com o que ocorre no ultimo capítulo. A Mary não nos deixou nem respirar e suspira com os últimos acontecimentos, ela simplesmente jogou uma bomba e correu. E nós que lute para não se explodir de curiosidade. O que vai ser dos Ballenger, da Kazi, Wren e Synové depois desse final? Estou preocupada com eles... Quem é o antagonista, ele é alguém próximo a família? Que segredos continha os papeis que Kazi deve destruir? Ainda tem algumas coisas que ficaram em aberto e possivelmente serão reveladas na sequência.
Sobre a parte da fantasia, ela não esta muito presente. É como se ela estivesse adormecida, mas ainda podemos ver traços de magia. Kazi chega a explicar que os deuses os abandonaram e que a magia estava morta. No entanto alguns vendanos conseguem ver fantasmas, ouvi-los e até mesmo senti-los. Kazi os ouve em vários momentos, ela também é chamada de Executora de Sombras por conseguir sair de um local sem ser percebida, isso é muito interessante e explicaria o fato de ela não ser pega roubando em algumas situações.
Descobri que esse livro é um spin of de The Kiss Of Decepicion e talvez por isso eu não tenha entendido muito bem o começo do livro, mas para que fique claro, essa duologia é independente e não terá nenhum prejuízo de entendimento, mas se você é curioso como eu vai querer ler os outros volumes.
O que acharam da resenha? Prontos para ler Dance of Thieves?
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